segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O estado capitalista

Marx combateu a tese de que o socialismo poderia ser criado por meio de reformas pequenas e graduais, aplicadas pelo Estado. [...] Só podemos falar de Estado em se tratando de um poder público especial que existe para coagir e que, sob a forma de uma organização armada.
[...] Muitos socialistas julgavam que o estado era um árbitro dos litígios sociais. [...] Marx opunha-se a esta idéia. “O poder político, declarou no Manifesto Comunista, é nada mais nada menos que o poder organizado a serviço de uma classe para a opressão da outra”. Em todos os períodos da história, o Estado desempenhou sempre o papel de instrumento coercitivo da classe dominante. 
[...] No sistema capitalista, o Estado desempenha duas funções, inicialmente a função de assegurar o domínio dos capitalistas sobre os demais membros da sociedade. 
[...] Serve a classe dominante de várias outras maneiras também por exemplo, travando guerras para ampliar os mercados capitalistas, construindo estradas, ferrovias, canais, administrando o serviço postal e realizando inúmeras outras tarefas indispensáveis para o bom andamento dos negócios. Ogoverno atua como árbitro das divergências que ocorrem entre os capitalistas. Todo capitalista zela, acima de tudo, por seus próprios lucros. È inevitável que, em determinados momentos, seus interesses entrem em choque com os outros capitalista. [...] Por isso o governo intervém, e ao intervir assegura a viabilidade do sistema capitalista. Em certas ocasiões, o governo vai de encontro aos interesses de parte dos capitalistas.
[...] Por essas razões, Marx combateu os socialistas que confiavam em que o Estado colaboraria na transição do capitalismo para o socialismo. A instauração do socialismo, a seu juízo, só se faria através de uma revolução. 

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